AGROdestaque entrevista Rodolfo Castro, engenheiro agronômico (F-2009)

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“Ser uma pessoa humilde, justa e comprometida é imprescindível para qualquer profissão e meio caminho andado para ser respeitado pessoalmente e profissionalmente”, afirma Castro. (Crédito: Divulgação)
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Atuação profissional

Formado em Engenharia Agronômica pela ESALQ, em 2009.

Iniciei, profissionalmente, como analista de mercado de lácteos na MilkPoint, unindo dois dos meus principais interesses: agronegócio e economia. E tem sido assim, deste então. Minha segunda ocupação foi uma mesa de commodities na Hencorp, como analista e trader de café e açúcar em bolsas internacionais. Atualmente, sou executivo de vendas em uma consultoria voltada para o setor e com foco em geotecnologia, a AgroTools Gestão e Monitoramento. Além disso, sou diretor do Instituto de Formação de Líderes - São Paulo, que tem como objetivo formar novas lideranças sob pilares de liberdade individual, economia de mercado e livre iniciativa.

A que área ou setor se dedica atualmente? Descreva as atribuições do cargo que ocupa. Qual a importância delas para o mercado?

A AgroTools é uma consultoria que atua com gestão territorial e monitoramento de riscos e, como todos os players do agronegócio tem alguma conexão com o território, temos uma atuação ampla. A maior parte de nossa carteira é composta por empresas que adquirem matéria-prima, como grandes compradores de soja, boi (e couro) e cana-de-açúcar, principalmente as que necessitam gerir seus riscos socioambientais. E minhas atribuições vão do desenvolvimento de novos produtos, prospecção de clientes, sales pitch e negociação, até ‘traduzir’ a venda para a equipe interna.

Quais os principais desafios desse setor?

No momento que escrevo, somos 7,3 bilhões de pessoas vivendo (ou sobrevivendo) em um único planeta e, em 2050, devemos atingir 9,5 bilhões. As taxas de urbanização também são crescentes. Hoje, 54% vive em cidades. Em 2050, a previsão é de 66%. Seremos, portanto, em maior número, mais urbanos e mais consumistas. O planeta, contudo, será o mesmo. Pior, será o mesmo, com menos recursos. O desafio do agronegócio é encontrar o equilíbrio entre produção e preservação, produzir mais alimentos, de maneira mais eficiente e preservando (e até recuperando) os recursos naturais.

Que tipo de profissional esse mercado espera?

Um profissional íntegro e empreendedor. Ser uma pessoa humilde, justa e comprometida é imprescindível para qualquer profissão e meio caminho andado para ser respeitado pessoalmente e profissionalmente. E empreendedor no sentido de olhar para as coisas e questionar se não existe uma maneira melhor e mais inteligente, ou de criar coisas que nunca existiram.

Entrevista concedida a Alessandra Postali
Estagiária de Jornalismo
06/04/15